segunda-feira, 15 de março de 2010

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA 2010 - ARTIGO DE OPINIÃO - 2o e 3o anos - Ensino Médio

ENSINO MÉDIO

Artigo de Opinião
(2º e 3º anos do Ensino Médio)


CADERNO DA OLIMPIADA 2010: PONTOS DE VISTA / 2a edição
Adaptação: Prof. Isac Machado de Moura


OFICINA 1

O ARTIGO DE OPINIÃO é um texto argumentativo, cujo objetivo é apresentar uma posição e argumentar, mostrando aos leitores porque devem concordar com o autor. Daí, o tom de convencimento.
O artigo de opinião circula em jornais e revistas e é escrito, normalmente, por um especialista ou por uma pessoa da comunidade que toma posição diante de uma questão polêmica.


POLÊMICA

Uma polêmica relaciona-se a algo que não tem uma única resposta. Cada pessoa pode concordar ou discordar dela por diferentes razões.

EXEMPLOS DE POLÊMICAS NA ESCOLA

1. O uso de boné atrapalha a aula?
2. Deveria ser permitida a troca de beijos e carícias no pátio da escola?
3. Deve-se proibir o uso de celular em sala de aula?
4. O aluno pode entrar na aula a qualquer hora?
5. Deve haver eleições livres para diretor de escola?


PROPOSTA DE ATIVIDADE

A partir dos conceitos apresentados, cada aluno deverá escolher uma das questões polêmicas acima e produzir um artigo de opinião com, aproximadamente, 20 linhas.


OFICINA 2


ARTICULISTA

Especialista que produz o artigo de opinião. Normalmente é convidado pelo jornal ou pela revista por ser reconhecido como autoridade naquele tema. Se ele não é funcionário do jornal, precisa assinar o artigo, responsabilizando-se pelo que escreve. Normalmente, algumas informações sobre ele são apresentadas em nota de rodapé.



LEITURA DE UM ARTIGO DE OPINIÃO (dupla ou trio)


SOU CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
Renato Roseno

A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu uma fogueira: a redução da idade penal. Algumas pessoas defendem a ideia de que a partir dos dezesseis anos os jovens que cometem crimes devem cumprir pena em prisão. Acreditam que a violência pode estar aumentando porque as penas que estão previstas em lei, ou a aplicação delas, são muito suaves para os menores de idade. Mas é necessário pensar nos porquês da violência, já que não há um único tipo de crime.
Vivemos em um sistema socioeconômico historicamente desigual e violento, que só pode gerar mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos.
Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso não diminuirá a violência. Nosso sistema penal como está não melhora as pessoas.O problema não está só na lei, mas na capacidade para aplicá-la.
Sou contra porque a possibilidade de sobrevivência e transformação desses adolescentes está na correta aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Para fazer bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.
Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal é ineficiente para atacar o problema. Problemas complexos não serão superados de modo simplório e imediatista. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, de um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva até lá. A decisão agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.

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Renato Roseano é advogado, coordenador do Centro
De Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca –
Ceará) e da Associação Nacional dos Centros de
Defesa da Criança e do Adolescente (Anced).
Fonte: www.cedecaceara.org/maioridadena.htm

1. Onde o texto foi publicado?
2. Quem o escreveu?
3. Quem são os prováveis leitores, ou seja, para quem foi escrito?
4. Qual a finalidade?
5. O articulista é especialista no tema?

1. Observar como o articulista vai tecendo seus argumentos e escrevendo o artigo de opinião com elementos próprios do gênero, sem tomá-los numa ordem estrita, obrigatória:

a) baseia-se numa questão polêmica que circula na imprensa, na mídia ou na sociedade;
b) toma uma posição em relação ao que foi dito sobre o assunto controverso;
c) apresenta argumentos ou razões que sustentam a posição assumida;
d) antecipa e contesta os argumentos dos oponentes;
e) articula o texto e o finaliza com uma conclusão.


2. Ler novamente o texto e responder as questões a seguir:

a) Quem é o autor do texto? Em que ele é especialista?
b) Onde o texto foi publicado?
c) Qual é a questão polêmica?
d) O autor refere-se a um acontecimento que o levou a escrever esse artigo. Que acontecimento foi esse?
e) Qual a posição do autor a respeito da polêmica?
f) Que argumentos ele usa para justificar sua posição?
g) No texto, o autor apresenta argumentos de pessoas que discordam dele. Que argumentos são esses?
h) O autor propõe alguma alternativa de tratamento para os jovens infratores, ou seja, reflete a respeito de uma solução para a polêmica?
i) Qual o objetivo do autor?
j) Quem é o público leitor?

PROPOSTA DE ATIVIDADE

Procurar em jornais ou revistas artigos de opinião e trazer para a próxima aula.



OFICINA 3



A NOTÍCIA


Relata fatos que estão ocorrendo na cidade, no país, no mundo. O objetivo é informar o leitor com exatidão. Mesmo tendo a pretensão de ser neutra, confiável, ela traz em si concepções, princípios, ideologia de quem escreve. Elas são impressas no jornal de acordo com o grau de importância.
Para chamar a atenção do leitor, o texto se inicia com uma manchete bem objetiva, com verbo sempre no presente. Em seguida, vem o LEAD, ou o 1º parágrafo, que contém as informações básicas sobre o fato noticiado.
O lead não começa com o verbo e sim pela indicação do fato e pela descrição das circunstâncias mais importantes em que o fato ocorreu: o que, como, quando e onde.
Na notícia, diferente do que acontece no artigo de opinião, o autor não toma posição. Ela causa reações diversas no leitor, pois cada um a lê conforme seus interesses pessoais.
Na NOTÍCIA, o jornalista traz informações sobre um fato e, no ARTIGO DE OPINIÃO, o articulista opina sobre a questão polêmica que uma notícia pode despertar.


O objetivo aqui é relacionar notícia com artigo de opinião e diferenciar um do outro


VIOLÊNCIA NÃO, EDUCAÇÃO SIM
(Antônio Ermírio de Moraes)

O IBGE acaba de publicar a nova estatística de mortalidade da população. Ela mostra que o Brasil envelheceu, mas, lamentavelmente, ficou mais violento. O envelhecimento traduz a marca das nações desenvolvidas, nas quais as pessoas estão vivendo mais e com mais qualidade. O Brasil está nessa trajetória.
Em 1960, a esperança de vida era de 55 anos. Hoje é de 72 anos – feito que traduz a melhoria dos sistemas de prevenção e tratamento de doenças, entre outros fatores. É inaceitável, porém, verificar que a violência cresceu 100% nesse período, tendo chegado a um patamar horripilante. Em 2005, 12,5% do total de óbitos foram devidos a homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. Essa é marca do antidesenvolvimento.
Não sou especialista no assunto, mas leio que o problema tem muitas causas: desarranjos familiares, falta de emprego, baixa renda, habitação precária, educação de má qualidade etc.
Álcool e droga são componentes de muita importância. A redução dos exageros no álcool e a eliminação do uso de entorpecentes ajudariam muito na diminuição das mortes violentas. Isso, por sua vez, requer uma série de medidas nas famílias, escolas, igrejas, no trabalho e nos fatores de potencialização de uso – bares e casas noturnas, por exemplo.
Nesse aspecto, há boas promessas. Vários municípios estão proibindo o funcionamento dos bares nas madrugadas. Na capital de São Paulo, com o esforço de apenas 30 fiscais, a lei está sendo respeitada de forma crescente. Os repórteres do caderno Metrópole de “O Estado de S. Paulo” observaram que, às 2h, o único ser vivo que perambulava no bairro boêmio de Vila Madalena na noite de sexta-feira, 23 de novembro, era um cachorro vira-lata. A grande maioria dos bares estava de portas fechadas. Assim ocorria em vários outros bairros da cidade. Calma na cidade.
O fechamento desses estabelecimentos em horários civilizados ajudou a reduzir os ruídos provocados por bares, restaurantes, danceterias e casas noturnas. Pode-se dizer que os paulistanos passaram a dormir, finalmente, um sono melhor, mais do que merecido, depois de um dia de trabalho estafante.
Sei que isso é uma gota d´água no combate à criminalidade e à violência urbanas. Mas, se cada um fizer sua parte – por menor que seja -, poderemos ter dias melhores.
Não podemos continuar perdendo tantos jovens em atos desvairados e por violência. Os mais atingidos são os rapazes de 20 a 29 anos, que estão na flor da idade e têm pela frente uma vida a ser construída em benefício próprio e do Brasil.
Oxalá a próxima pesquisa do IBGE mostre que os brasileiros vivem mais, melhor e em paz!


Folha de S. Paulo, 9/12/2007.


1. Onde o texto está publicado?
2. Quem escreve?
3. Além do nome, há mais alguma informação sobre o leitor?
4. Quem são os prováveis leitores, ou seja, para quem foi escrito?
5. Qual a finalidade?
6. Vamos grifar, sublinhar ou circular elementos importantes que se quer destacar.

OFICINA 4

O DEBATE

Gênero que se aproxima da DISCUSSÃO. Durante o debate, os participantes usam a palavra para expressar o que sabem e pensam sobre o assunto em questão. Retomam o discurso do outro, fazem críticas, se situam, tomam posição e devem rebater o ponto de vista contrário com respeito e civilidade.
Um argumento para ser confiável precisa ser bem elaborado. É preciso ir muito além de:
• “porque eu sei...”
• “Porque eu acho...”
• “porque é melhor assim...”
• “porque todo mundo concorda...”



PROPOSTA DE ATIVIDADE

• Proposição de um tema polêmico relacionado à cidade: “A Emancipação Política de Córrego do Ouro.”
• Dividir a turma em grupos A e B (um é contra e outro a favor);
• Os grupos terão um tempo de aproximadamente 10 minutos para que seus integrantes se articulem. Logo depois, apresentarão seus argumentos;
• Terminada a primeira rodada, vamos inverter tudo: os grupos que eram contra passam a ser a favor, e vice-versa.

O professor fará o papel de mediador, não tomando partido antes que o debate aconteça. Como tal, deverá fazer algumas provocações:

• Por que você pensa assim?
• Você tem algum dado estatístico que comprova o que diz?
• Já leu sobre esse assunto?
• Conhece situações similares?


Outras possibilidades de temas para esta oficina:

1. A construção de um conjunto habitacional próximo ao rio que corta a cidade;
2. A redução dos preços das passagens de ônibus que saem da área urbana para a serra;
3. A canalização do esgoto da cidade para o Córrego do Ouro.

PRODUÇÃO TEXTUAL

Finalizando o debate, propor a escrita de um artigo de opinião com base na questão polêmica discutida.


PRIMEIRA ESCRITA

Lembre-se que esse texto precisa ter as seguintes características:

• Conter uma questão polêmica;
• Localizar o leitor quanto a questão;
• Deixar claro a posição assumida;
• Apresentar o pensamento de possíveis opositores sobre o assunto;
• Argumentos conscientes e confiáveis;

Otexto produzido nesta oficina não deve ser devolvido, pois caso um dos alunos seja semifinalista, esta produção será exigida.

Observar erros de ortografia ou gramática e outras dificuldades.


OFICINA 5

DEFICIENTES, FEIOS E POBRES
(Jessé Souza)

Esse mundinho de criar frase politicamente correta para os excluídos ou injustiçados é mais que hipocrisia. É idiotizante. Querem transformar negros em afrodescendentes. Índios em nativos. Deficientes físicos em portadores de necessidades especiais.
Tudo isso não passa de uma forma que os politicamente corretos acharam para tentar esconder que – mesmo com o pomposo nome de portadores de necessidades especiais – os deficientes físicos continuam sem acesso, sem respeito e sem poder exercer plenamente sua cidadania.
Tenho um irmão cadeirante (que anda de cadeira de roda, um paraplégico T-4) – aviso logo antes que digam que estou comentando algo que eu não entendo. E não é uma terminologia pomposa que o vai dignificar ou mudar a situação de exclusão em que vive, mesmo rodeado de pessoas que o apóiam e o ajudam a ultrapassar obstáculos tanto físicos quanto psíquicos.
Os prédios não dão acessibilidade, os taxistas fazem cara feia e não param, os ônibus não estão adaptados e as pessoas, em vez de tratarem o deficiente físico como um cidadão, acabam os classificando como coitadinhos ou os rodeando de uma pena irritante.
Entre eles mesmos, os cadeirantes se divertem colocando apelidos e chamando sem arrodeios ou hipocrisia por suas deficiências. E nós, tendo um em nossa família, aprendemos que essa história de palavras politicamente corretas não passa de uma cortina para esconder as graves falhas da sociedade com quem é diferente, feio, aleijado, pobre, de cor...Não importa se chamamos de puta, garota de programa, mulher da vida ou qualquer terminologia politicamente correta. O que importa é se este politicamente correto é só da boca para fora ou estamos carregados de preconceito ou exclusão.
Não interessa se o cadeirante é paraplégico, aleijado, deficiente ou portador de necessidades especiais. Importa é o engenheiro construir rampas, o taxista parar e dobrar sua cadeira no porta-malas, o prédio público ter banheiros adaptados e os meios-fios adaptados.
Jamais iremos construir um mundo sem exclusão achando que buscando palavras politicamente corretas estamos acionando uma varinha de condão para incluir e dar acessibilidade aos deficientes ou mudando a mentalidade de quem discrimina e exclui.
Só vamos mudar a mentalidade de quem está em desvantagem em relação aos que se acham normais permitindo que os portadores ou deficientes de toda espécie exerçam sozinhos seu direito de ir e vir, sintam-se cidadãos plenos e possam viver ser s tratados como coitadinhos, que precisam de pena e dó para que as leis sejam respeitadas.

_________________________________________
Jessé de Souza é jornalista.
e-mail: jessé@folhabv.com.br
Fonte: Folha da Boa Vista, 19/9/2007.



A partir da leitura cuidadosa do texto, identificar:

• A questão polêmica;
• A posição do autor;
• Os argumentos utilizados.


É bom enfatizar que neste artigo o autor, embora cite, não traz a voz de profissionais envolvidos na questão: engenheiros, motoristas, representantes do poder público.



TRABALHANDO A CONTRA-ARGUMENTAÇÃO

1. Dividir a turma em pequenos grupos;
2. Cada grupo vai representar e dar voz aos profissionais citados no texto (engenheiro, representante do poder público, taxista), apresentando possíveis argumentos que apresentariam ao articulista;
3. Após as discussões em grupos, registrar os argumentos e apresentá-los à classe.

PROVOCAÇÕES

1. Dizer que as pessoas não cumprem a lei (7.853, de 1989, artigo 227) justifica o fato de ela não ser cumprida? Por que não a cumprem?

2. A sociedade civil e o governo estão empenhados em garantir os direitos da pessoa portadora de deficiência física? Quem é o responsável por fazer isso? Como isso é feito? Há verbas específicas destinadas a ações em favor das pessoas portadoras de deficiência?


3. Aquecidos pela discussão, os alunos vão reescrever o texto, como se fossem o próprio autor, incluindo as vozes dos profissionais citados pelo articulista, imaginando os motivos de não se efetivarem as alterações necessárias ao acesso de todos a edifícios, aos meios de transporte e a outros espações públicos.


SÓ PARA LEMBRAR

Ao escrever um artigo de opinião, o autor deve conhecer os argumentos dos opositores e dialogar com eles antecipando possíveis críticas. Assim, o articulista pode contestar de modo mais eficaz os pontos de vista contrários aos seus, convencendo o leitor de sua posição.


OFICINA 6


CONSTRUINDO ARGUMENTOS PARA DEFENDER UMA POSIÇÃO

• Utilizar argumentos consistentes e bem fundamentados;
• Explicar ao leitor quais as razões que leva o autor a tomar determinada posição, evitando motivos superficiais ou sem justificativa: porque ninguém que eu conheço discorda, porque ouvi dizer, porque todo mundo pensa assim, porque na vizinhança todos dizem...
• Escolher os argumentos de acordo com o público para quem escreve;

TIPOS DE ARGUMENTO

1. DE AUTORIDADE – Ajuda a sustentar sua posição, lançando mão da voz de um especialista, uma pessoa respeitável (líder, artista, polítco), uma instituição de pesquisa considerada autoridade no assunto.

2. DE EXEMPLIFICAÇÃO – Relata um fato ocorrido com ele ou com alguém para dar um exemplo de como aquilo que ele defende é válido.


3. DE PROVAS – Comprova seus argumentos com informações incontestáveis: dados estatísticos, fatos históricos, acontecimentos notórios.

4. DE PRINCÍPIO ou CRENÇA PESSOAL – Refere-se a valores éticos ou morais supostamente irrefutáveis.


5. DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA – Afirma que um fato ocorre em decorrência de outro.



EXEMPLOS DE FRASES ARGUMENTATIVAS

1. “A saúde do município anda mal cuidada. Muitos cidadãos relatam que foram aos postos de saúde e não havia médicos para atendê-los.”

2. “Para a antropóloga Yvone Maggie, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituir o conceito de raça só traz sofrimento” (Folha de S. Paulo, 7/7/2006).

3. “Em Blumenau, 114.000 residências têm acesso à água tratada, mas apenas 1.014 possuem tratamento de esgoto” (Ivan Naatz. Saneamento básico. Florianópolis, 4 de setembro, ed. 7.816).

4. “Atualmente, são 4,5 milhões de brasileiros com idade entre 15 e 29 anos que estão fora da escola e do mercado de trabalho. Totalmente vulneráveis a ingressar na vida fácil do crime, esses jovens tiveram vários motivos para estarem nessa situação, entre eles, o desleixo do poder público” (Jornal clicabrasília, 6/9/2007).

5. “Como já afirmei, sou contra o aborto. Além de tudo que disse anteriormente, a vida é um dom de Deus e nenhum homem tem o direito de tirá-la.”



PROPOSTA DE PRODUÇÃO

Situação 1

Um adolescente, para resolver um problema econômico da família, resolveu fazer cópias de CDs para vender. Ele vendeu todos os CDs e pagou a dívida.
Questão polêmica: o jovem tem ou não o direito de reproduzir CDs para vender, desconsiderando a lei dos direitos autorais?


Situação 2

Novas pesquisas indicam que os adolescentes começam a beber cada vez mais cedo e de forma abusiva. Preocupado com esse consumo de álcool, o prefeito de uma cidade proibiu a venda de bebidas alcoólicas em bares próximos às escolas.
Questão polêmica: essa medida pode diminuir o consumo de bebidas alcoólicas pelos adolescentes?

Situação 3

Uma diretora de escola proibiu a entrada de alunos com piercings em sala de aula.
Questão polêmica: a diretora tem o direito de proibir a entrada de alunos que usam piercings.

Proposta para grupos: Dividir a turma em 2 grupos. De um lado, os que deverão tomar posição favorável em relação às situações apresentadas; do outro, aqueles que assumirão posição contrária. Ao final, representantes de ambos os lados lerão a posição assumida diante de cada situação, e os argumentos construídos para defender a posição deles e refutar a contrária.

Proposta individual: Diante das situações apresentadas acima, elabore pelo menos três argumentos de diferentes tipos para defender sua posição.

Para desenvolver argumentos consistentes, pode-se utilizar vários recursos:

a) Trazer as ideias de um especialista no assunto;
b) Exemplificar fatos ocorridos que se relacionem diretamente com a questão colocada;
c) Apresentar provas;
d) Referir-se conscientemente a valores éticos ou morais envolvidos na questão;
e) Explicar a relação de causa e conseqüência;



OFICINA 7


COESÃO TEXTUAL – expressões que articulam o artigo de opinião.

Os elementos articuladores, cuja função é vincular os argumentos entre si, podem aparecer em uma única oração que apresente ideias complementares ou contraditórias. Também é possível encontrá-los em frases ou em parágrafos diferentes.

ELEMENTOS ARTICULADORES

1. TOMADA DE POSIÇÃO: do meu ponto de vista, na minha opinião, pensamos que, pessoalmente acho...


2. INDICAÇÃO DE CERTEZA: sem dúvida, está claro que, com certeza, é indiscutível...


3. INDICAÇÃO DE PROBABILIDADE: provavelmente, me parece que, ao que tudo indica, é possível que...


4. RELAÇÃO DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA: porque, pois, então, logo, portanto, conseqüentemente...

5. ACRÉSCIMO DE ARGUMENTOS: além disso, também, ademais...


6. INDICAÇÃO DE RESTRIÇÃO: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, apesar de, não obstante...


7. ORGANIZAÇÃO GERAL DO TEXTO: inicialmente, primeiramente, em segundo lugar, por um lado, por outro lado, por fim...

8. INTRODUÇÃO DE CONCLUSÃO: assim, finalmente, para finalizar, concluindo, enfim, em resumo...




TABELA PARA ATIVIDADE

Devemos ajudar nossos pais pois, sem dúvida, a cooperação é um valor fundamental para a convivência familiar.
As propagandas mostram produtos atraentes indispensáveis para a nossa vida, mas cabe ao consumidor analisar aquilo de que realmente necessita e selecionar o que é bom.

O fumo faz mal à saúde. Portanto, as pessoas deveriam parar de fumar.
A água doce, por causa dos abusos cometidos, poderá acabar em nosso planeta. Assim, é preciso definir algumas regras para o uso racional da água.
A limpeza de terrenos e casas é necessária para impedir a propagação do mosquito da dengue. Além disso, é importante que se faça uma campanha de conscientização para que as pessoas não deixem que a água se acumule em vasos e outros recipientes.
Se o desmatamento não diminuir, é provável que a Amazônia se transforme em um imenso deserto.
É indispensável que se intensifiquem campanhas de coleta seletiva de lixo nas escolas, família e comunidade, pois dessa forma a responsabilidade cidadã crescerá entre os moradores.
A pena de morte não é solução para a criminalidade. Primeiramente, está comprovado que os crimes hediondos não deixaram de ocorrer nos países que a adotaram.
A pena de morte não é solução para a criminalidade. Em segundo lugar, porque muitos dos que foram executados tiveram, posteriormente, sua inocência comprovada.
A pena de morte não é solução para a criminalidade. Finalmente, não matar os semelhantes é um princípio ético fundamental.


PROPOSTA DE ATIVIDADE

Copiar no quadro a tabela acima, deixando vazia a coluna do meio. Em seguida, copiar os elementos articuladores que estão nesta coluna, fora de ordem, e pedir aos alunos que os encaixem nos lugares adequados.

Escrever um breve texto (usando os elementos articuladores) com base em uma questão polêmica, como por exemplo: “Deve ou não existir uma lei que proíba as pessoas de fumar em lugares públicos?”



OFICINA 8 

VOZES NO ARTIGO DE OPINIÃO


A FUTURA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Cássio Borges

No semiárido nordestino, a irregularidade das chuvas tem ocasionado “ciclos secos” de até oito anos seguidos, como o que foi constatado entre os anos de 1950 e 1958. Mais recentemente, tivemos “um ciclo seco desfavorável” de cinco anos entre os anos de 1979 e 1983, tendo a sua abrangência atingido até mesmo o Estado do Maranhão. A existência desses “períodos críticos”, já há tempos constatada pelo DNOCS, acarreta a redução do aporte de água fluvial para os reservatórios, o que, por deficiência de recarga e por medida de precaução, impossibilita a utilização plena do volume de água armazenado nos açudes e, em conseqüência, boa parte dele se perde pela elevada evaporação.
Ao integrar os grandes açudes da região a uma fonte perene externa como o Rio São Francisco, os recursos hídricos locais se potencializarão, possibilitando a gestão de um volume bem maior da água armazenada, estimulando o desenvolvimento social e econômico, tanto na agricultura irrigada, na pecuária, como na indústria, gerando emprego, renda e produzindo alimentos, o que é de interessa nacional. Com a garantia dessa fonte externa, intensificando-se a utilização das águas acumuladas nos reservatórios, diminuirá a superfície exposta à evaporação e esta se reduzirá, aumentando de forma substancial a disponibilidade hídrica realmente utilizável. Em outras palavras, o desenvolvimento social e econômico se dará de forma mais abrangente não pela água do Rio São Francisco que está chegando, mas pela intensiva utilização das águas locais que seriam perdidas para a atmosfera pelo efeito incontrolável da evaporação.. Desta forma, as águas advindas da transposição serão reservadas, exclusivamente, ao abastecimento humano e animal sempre que os açudes estiverem secos, ou na iminência de secar.Como exemplo, o açude Castanhão, localizado no Ceará, que perde por evaporação, em média, cerca de 25m3/s, enquanto o aproveitamento regular de sua água é de apenas 19m3/s. Essa perda poderia ser reduzida para até menos da metade, gerando virtualmente um novo reservatório e aumentando significativamente o aproveitamento de suas águas. Pois esse açude acumula 4,2 bilhões de m3 na sua cota de regularização. Desse volume, 30% são, em média, evaporados anualmente, restando, portanto, 3 bihões. Destes, apenas é utilizável um volume da ordem de 600 milhões de m3 (19 m3/s), pois os restantes 2,4 bilhões de m3 deixam de ser utilizados justamente para “guardar a água” para vencer uma possível futura seca prolongada, ou um “trem de anos secos”, no vocabulário do Dnocs. Não mais será necessária essa precaução de “guardar água” após a concretização da transposição, ou como quer o ministro Cigo Gomes, do Projeto de Interligação de Bacias.
Como acima foi explicado, desaparecerá completamente o mais recente argumento dos opositores: “a água vinda do Rio São Francisco é muito cara” ou, ainda, “é chover no molhado” (ver Folha de S. Paulo, do dia 17/10/2005, na entrevista dada pelo pesquisador João Suassuna na matéria sob o título: “Para opositores, projeto é chover no molhado”). Mas esse tipo de declaração só se pode atribuir à completa ignorância do que seja o semiárido e aí incluo muitos dos que dizem ser cientistas (em que área da ciência?) e, por isso, se acham com o direito de falar sobre esse tema nordestino, delicado e complexo, que desconhecem.
Não pode deixar de ser salientado que, pelo acima exposto, o custo da água trazida pela transposição será diluído no uso mais intenso e eficaz da água acumulada nos açudes. Ou seja, na realidade, cada m3 transposto irá representar um volume maior utilizável. Pelo que, inegavelmente, não é o custo do m3 da água bombeada do Rio São Francisco que deve ser considerado na análise do custo benefício da transposição, mas sim na eficiência hídrica.

__________________________________________
Cássio Borges é engenheiro civil, ex-diretor regional do
Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS).


O autor assume uma posição a favor da integração dos açudes ao rio São Francisco. Traz as vozes que participam da discussão e procura desacreditar os argumentos daqueles que são contrários. Cita, por exemplo, a entrevista “Para opositores, projeto é chover no molhado”, publicada em um jornal. Por outro lado, inclui a voz favorável do ministro Ciro Gomes, que, de acordo com o articulista, tem experiência com os problemas das secas no Nordeste.

A proposta é que os alunos percebam que um artigo de opinião costuma trazer diversas “vozes”, isto é, a posição favorável de pessoas que o autor inclui no artigo para sustentar a própria opinião, ou a posição contrária, de outros, à qual se refere porque deseja rebatê-la. Lembre-se de que, nesse caso, são os contra-argumentos.

A expressão VOZ não se refere apenas à palavra dos indivíduos. Números, estatísticas, dados quantitativos ou qualitativos de diferentes ciências também são considerados vozes.

1. Qual a posição do autor sobre a questão?
2. Para constituir seus argumentos, o autor assume em diversos momentos a “voz da ciência”, que, para ele, não pode ser contestada. Procure dois trechos no artigo que comprove essa afirmação.
3. O articulista usa dados estatísticos para fundamentar sua posição. Em que trecho isso ocorre?
4. A “voz” de uma autoridade política é trazida pelo autor para reforçar sua posição. Qual é o trecho em que isso aparece?
5. Para desacreditar os argumentos dos opositores (contra-argumentos), o articulista afirma que eles não são representantes da ciência. Em que trecho do artigo ele desconsidera os opositores?
6. Por que você acha que o jornal convidou o autor para escrever sobre o assunto?




OFICINA 9 

PESQUISAR PARA ESCREVER


DOCE IÇARA COM SABOR AMARGO
Joice Zilli da Silva

Içara é a capital do mel, cidade mais doce do Brasil. Agora, com um sabor diferente, amargo, que vem preocupando seus moradores.
Numa localidade vizinha, na zona rural de Santa Cruz, há um projeto para instalação de uma mina de carvão. Com a abertura da mina, os moradores descontentes acabarão abandonando suas terras, vendendo-as e deixando para trás toda uma vida dedicada ao campo, especialmente à apicultura.
Durante a entrevista realizada na Câmara Municipal de Vereadores, um vereador informou que os projetos foram discutidos e aprovados. A polêmica continua, no entanto, a decisão caberá ao Poder Judiciário.
Penso que a população deveria ser consultada sobre o assunto. Os agricultores e a empresa mineradora deveriam ter a preocupação com o meio ambiente, cumprindo a Constituição Brasileira que prevê que a agressão ao meio ambiente é crime.
Segundo a pesquisa realizada pela 4ª série, turma 43 da E.E.B. “Antonio Colonette”, das 819 pessoas ouvidas de várias localidades do município de Içara, constatamos que 70% são contra a instalação da mina, porque prejudica o meio ambiente, o solo, a água, o ar, a vida dos seres vivos, com risco de morte, além do cheiro insuportável da perita. Elas têm consciência de que a mina vai acabar com a atividade agrícola, vai prejudicar a terra. Porém, 30% são a favor, pois a abertura da mina de carvão trará novos empregos, lucro ao município, com aumento de arrecadações dos impostos, crescimento, novas tecnologias, modernidade, além da fabricação do cimento, energia, aço etc.
Na minha opinião, a localidade de Santa Cruz tem muitas famílias que vivem lá há anos, trabalhando na terra, tirando o seu e o nosso sustento, e precisam permanecer na terra, sem que haja a instalação da mina. Continuar com a terra fértil, cheia de plantações, água pura, potável, com pessoas que a amam será a melhor solução.
Afinal, este “sabor amargo” do carvão precisa ser conhecido por todos, adoçado com um pouquinho de mel, preservando a vida.
________________________________________
Joice Zilli da Silva, 11 anos, aluna da professora
Edina da Silva de Freitas, da E.E.B. Antonio Colonette,
Içara (SC), participante do Programa Escrevendo o Futuro.


PROPOSTA DE ATIVIDADES

1. Levantar uma questão polêmica da comunidade local;

2. Fazer uma pesquisa sobre o assunto de forma a embasar a construção de argumentos;

3. Organizar entrevistas ou enquetes;

4. Encontrar e selecionar as fontes de informações: jornais, livros, Internet, vídeos, universidades, prefeitura, pesquisa de opinião com moradores.


OFICINA 10

ASSIM FICA MELHOR


Analisar e reescrever um artigo de opinião produzido por um aluno.


O LUGAR ONDE EU VIVO

A cidade de Samambaia do Leste tem muitas belezas naturais, um clima agradável, e não posso deixar de dizer que o povo também é muito bom. O que está acontecendo ultimamente é que apareceram muitas fábricas. Elas trouxeram emprego, mas trouxeram também problemas.
A cidade cresceu muito, abriu muito campo de trabalho para as pessoas. As fábricas empregam jovens sem experiência e que não têm estudo para conseguir trabalho em outros setores que requerem nível de escolaridade, pessoas com deficiência física, outros que não suportavam o trabalho rural pelo peso da idade. Outra coisa que posso dizer é que trabalhando num emprego com carteira assinada é possível conseguir assistência do INSS e aposentadoria
Mas a criação de empregos trouxe o aumento da migração. Muitas pessoas desconhecidas vieram de outros estados e outras regiões e passaram a viver em nossa cidade, trazendo muitos problemas. Com isso, Samambaia do Leste não é mais uma família samambaiense.
Também por causa da migração, estamos enfrentando um custo de vida mais alto, com farmácia, com mercado, aluguel e falta de segurança, pois a cidade não está preparada para receber tanta gente e, às vezes, se aproveitam da situação.
Enfim, vamos pedir a Jesus que olhe por esta cidade que acolheu tantos outros seus filhos, para que eles consigam conviver com os moradores antigos desta terra que amamos muito.

VAMOS REFLETIR UM POUQUINHO

1. O título é adequado para um artigo de opinião? Por quê?
2. O autor indica claramente a questão polêmica?
3. Há diferentes vozes no texto? De quem são essas vozes?
4. Os argumentos apresentados são convincentes? Mostram dados, exemplos, referem-se explicitamente a valores éticos ou morais; revelam a relação de causa e conseqüência?
5. O autor usa elementos articuladores?




VAMOS ANALISAR O TÍTULO E CADA PARÁGRAFO


O TÍTULO

O título suscita curiosidade? Anuncia a questão polêmica? Convida o leitor a conhecer o texto?

O aluno-autor usou o tema do concurso como título do seu texto, e isso não deve acontecer.


PARÁGRAFO 1

O autor indica claramente a questão polêmica? Usa linguagem própria ao artigo de opinião? Relaciona os problemas locais com situações nacionais ou até mesmo internacionais?

Poderia ser melhorado com o uso de uma linguagem mais próxima da jornalística. Em sua descrição, ele poderia relacionar sua cidade com outras que enfrentam problemas semelhantes, formular mais claramente a questão polêmica e explicitar os motivos que levaram as fábricas para sua cidade.



PARÁGRAFO 2

Que assunto é tratado nesse parágrafo? Que autoridade poderia ser citada para fundamentar o argumento de que a vinda das fábricas é uma vantagem? Como as vantagens poderiam ser comprovadas?

O autor faz uma enumeração adequada das vantagens trazidas pelas fábricas, mas não fundamenta com dados aquilo que escreve, nem indica a voz que, por trás da sua, valoriza a vinda das fábricas como fonte de benefícios incontestáveis.



PARÁGRAFO 3

O autor assume uma posição? Utiliza bons argumentos para sustentá-la?

O aluno comenta que atualmente a cidade tem problemas. As possibilidades de emprego atraíram migrantes, o que, para os antigos moradores, até mesmo ele, quebrou a harmonia familiar, aumentou o custo de vida e a violência. Se por um lado, o autor assume uma posição, por outro não a justifica. Que argumentos podem sustentar que a migração é a causa dos problemas apontados?

PARÁGRAFO 4

Será que todos os moradores pensam da mesma forma? Há pessoas que não acreditam que a migração seja a causa dos problemas? Quais seriam outras possíveis causas dos problemas apontados?

Se o aluno tivesse pesquisado mais, tivesse lido alguns artigos de especialistas sobre o assunto, poderia ampliar sua visão sobre a relação entre industrialização, migração e urbanização acelerada, teria abandonado sua posição simplista de analisar o problema. Da forma como está, parece que há uma luta do bem (a família samambaiense) contra o mal (os migrantes).



PARÁGRAFO 5

Como leitor, você ficou convencido dos argumentos do autor? Ele conclui o texto enfatizando a posição dele?

Este último trecho é iniciado com a expressão “enfim”, indicadora de conclusão. Não basta, porém, usar uma expressão articuladora correta. O modo como o aluno fecha o texto indica que ele não vê um possível encaminhamento para os problemas. Como faltou uma análise mais profunda da situação atual da cidade, também faltam sugestões práticas para resolver os problemas existentes.


PROPOSTA DE ATIVIDADE

Agora sim, vamos reescrever o artigo de opinião analisado nesta oficina. Leve em consideração tudo o que foi visto sobre ele. Vamos nessa!



OFICINA 11 

PRODUZINDO ARTIGOS

Produção individual com base numa questão polêmica que esteja circulando na comunidade.

Como articulista, você deverá:

1. Partir de uma questão polêmica local e situar o leitor em relação a ela;
2. Tomar posição sem relação à questão polêmica e afirmar seu ponto de vista como o melhor. Para isso, trazer argumentos de autoridade, de exemplificação, de princípios, dados de pesquisa ou relação de causa e conseqüência;
3. Incluir opiniões de adversários para contestá-las com seus argumentos, ou desacreditá-las pela fragilidade delas. É preciso tomar cuidado para que não se faça uma depreciação preconceituosa, haja vista que isso jamais poderia ser considerado um bom argumento.
4. Concluir o texto, reforçando a posição tomada.
5. Usar elementos articuladores, como por exemplo:

a) os que anunciam a posição do autor: do nosso ponto de vista, penso que, pessoalmente, acho que...
b) os que indicam certeza: sem dúvida, está claro que, com certeza, é indiscutível...
c) os que introduzem argumentos: porque, pois, mas...
d) os que indicam conclusão: então, consequentemente, por isso, assim...
e) os que marcam as diferentes vozes presentes no artigo: como dizem os economistas, segundo alguns empresários, muitas pessoas dizem que, há pessoas que negam, alguns afirmam, para muitos é importante... para outros.....




OFICINA 12 

ÚLTIMOS RETOQUES

Revisar e melhorar o texto individual.

SUGESTÃO DE ROTEIRO DE REVISÃO

1. Seu artigo se baseia em uma questão polêmica?
2. Você informa ao leitor a origem dessa questão?
3. Tomou uma posição?
4. Introduziu sua opinião com expressões como “penso que”, “na minha opinião”?
5. Levou em consideração os pontos de vista de opositores para construir seus argumentos? Exemplo: “Para fulano de tal, o caso é sem solução. Ele exagera, pois...”
6. Usou expressões que introduzem os argumentos, como: pois, porque?
7. Usou argumentos de autoridade, de exemplificação, de provas, de princípio/crença pessoal, de causa e consequência?
8. Usou expressões para introduzir a conclusão, como: então, assim, portanto?
9. Concluiu o texto reforçando sua posição?
10. Verificou se a pontuação está correta?
11. Corrigiu os erros de ortografia?
12. Substituiu palavras repetidas desnecessariamente?
13. Escreveu com letra legível para que todos possam entender?
14. Encontrou um bom título para o artigo?

Chegou a hora de escolher de cada turma 5 textos que serão encaminhados à comissão julgadora da escola. Apenas um texto representará a escola na próxima etapa da olimpíada.

Pertinência ao tema proposto: "O Lugar Onde Vivo", compreendendo não só a cidade, mas também o bairro, a rua e os acontecimentos que envolvam seus moradores.

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