terça-feira, 6 de novembro de 2012

OFICINAS DE REDAÇÃO 2012




  
MORRER OU PERDER A VIDA
Daniela Ramalho da Silva – E-2101

Era meia-noite, o sol brilhava. Havia escuridão na luz, podiam se ouvir gritos silenciosos.
Em meio àquele breu, era possível ver as  pessoas felizes que moravam naquele lugar.
Havia uma mulher cega. Essa mulher cega  tinha uma beleza encantadora. Um certo dia apareceu um homem que também era cego. Eles se olharam e viram um ao outro, se apaixonaram e depois de algum tempo, se casaram. Eles tiveram muitos filhos, apesar da mulher ser estéril.
Com o tempo, eles perceberam que não podiam viver um sem o outro, e se separaram. A mulher chorava, apesar de estar rindo de tristeza. O calor daquele inverno que não passava causava grande frio.
No final da história, cada um seguiu seu próprio caminho. A mulher morreu e o homem perdeu a vida.




FÉRIAS NA CASA DO MEU AVÔ
Diogo Ramos Moreira – E-2101

Nas férias, fui à fazenda do meu avô, no meio do mato, com a estrada cheia de lama, com um calor que dava para fritar um ovo naquele asfalto. Não tinha nenhuma sombra. Lá na fazenda tinha uma plantação de laranja do lado da casa, e todo dia de manhã aquele cheiro de jaca entrava pela janela. Dormia tarde por causa do trânsito intenso do lado de casa. Num sábado, fui pescar como meu avô, às 5 horas. Quando voltamos do açougue,  era 12 horas, não tinha eletricidade na casa do meu avô. Todo dia eu dormia com a televisão ligada.
Meu avô mandou lavar o banheiro antes de ordenhar as vacas, depois de varrer o quintal,  como ele pediu. Fui perguntar a ele onde estavam as cabras que eu iria ordenhar.
Fui acampar com o meu avô na mata. Então depois de arrumar a barraca com o velho, ficamos olhando aquele lindo campo florido.
As férias estavam acabando e eu tinha que ir embora da chácara do meu avô. Então peguei o trem e fui embora para casa.



UMA LINDA HISTÓRIA QUE NÃO É UMA LINDA HISTÓRIA
Tayná Souza de Carvalho – E-2101

Numa linda manhã de sol, estava chovendo, e eu e minha amiga fomos para o shopping ver algumas vacas e umas galinhas. Chegando lá, encontrei um pé de jabuticaba cheio de acerola; subi no pé, mas quando eu subi, veio um porco voando em minha direção e me derrubou, e a minha amiga brigou comigo porque eu não tinha pego as melancias.
Indo embora para o aeroporto pegar o ônibus, minha amiga viu um cachorro sangrando. Ele estava parindo um coelho. Nós pegamos ele e levamos  para o sanatório. Chegando lá, as mulheres começaram a apertar o coitado do cachorro e falando “vamos comer ovo da páscoa”. Um homem olhou para o coelho e falou: esse coelho é meu filho. Eu o abandonei quando ele tinha dois aninhos.
Então eu  e minha vó fomos para casa e deixamos o cachorro com o seu pai, que foram felizes para sempre.



CHAPEUZINHO VERMELHO E OS TRÊS PORQUINHOS
Júlia Gomes – E-1101

Chapeuzinho Vermelho morava em uma linda casa na cidade de Macaé, com a sua mãe. Ao lado dela, moravam os três porquinhos, seus grandes amigos. Um belo dia, Chapeuzinho Vermelho saiu para ir até a casa de sua avó levar um delicioso bolo para ela. Feliz, ela cantava: “...nossa, nossa, assim você me mata...ai se eu te pego...ai se eu te pego...” Na rua, ela encontra com os três porquinhos, e eles perguntam para ela:
- Aonde você vai?
Ela responde:
- À casa da minha vó levar esse bolo para ela.
Interessados no bolo, os porquinhos resolvem  seguir a Chapeuzinho sem que ela percebesse. Chegando à casa de sua vó, Chapeuzinho dá de cara com um homem e ele logo fala:
- A sua vó saiu rapidinho e já está voltando. Eu vim visitá-la.
Curiosa com  a aparência do homem, Chapeuzinho pergunta:
- Para que esse nariz tão grande?
Ele responde:
- É para cheirar melhor.
Chapeuzinho:
- Huuummmm... e essa boca?
Ele responde:
- É para eu poder falar melhor.
Chapeuzinho:
- E essas mãos grandes?
Ele respondeu:
- É para eu poder te acariciar melhor.
O homem logo parte para cima de Chapeuzinho e tenta estuprá-la. Os três porquinhos escutam tudo pelo lado de fora e correm para chamar a polícia. A polícia chega ao local e prende o homem. Logo em seguida a vó de Chapeuzinho chega sem saber o que está acontecendo e os porquinhos contam tudo.
O homem, segundo o depoimento da vó, era um grande amigo dela, e ele negou tudo para ela.
Chapeuzinho, feliz porque os três porquinhos salvaram sua vida, agradece e vai para casa cantando: “nossa...nossa...quase você me mata...ai que alívio...ai que alívio.
MORAL: pedofilia é crime!


EU NASCI ASSIM...
Lorena – E-1101

No dia 17 de março de 1997, aconteceu uma coisa que a minha mãe já esperava há nove meses. A primeira vez que a vi, o nosso primeiro encontro, o meu primeiro dia no mundo. Foi um momento muito especial, tanto para ela quanto para mim.
Era uma sensação estranha, pois estava acostumada com a escuridão em que vivi durante os nove meses, mas eu podia sentir o carinho e o amor que ela me transmitia, todos os cuidados que ela teve comigo. Mas ao mesmo tempo que sentia todas essas coisas, ao sair da sua barriga, minha antiga casa, senti uma estranha sensação de estar sendo excluída, expulsa de minha moradia. Era como se estivesse acabando com tudo aquilo que vivi durante os nove meses, e pensei que tudo ia acabar logo e voltaria novamente.
Mas depois vi que estava errada. Não iria acabar o que vivi e o que senti quando estava dentro da barriga da minha mãe e sim começar tudo de novo, só que de uma forma diferente, pois além de senti-la, agora eu podia tocá-la, vê-la e receber seus carinhos e carinhos de outras pessoas que também já me amavam. E foi assim que eu nasci.



BRANCA DE NEVE E SEUS ANÕES
Sâmela – E-3101

Certa manhã, a Branca de Neve e seus anões estavam dando um passeio pela floresta, e do nada apareceu aquele lindo lobo, de olhos castanhos, e ela se encanta por aquilo tudo. Podem gritar, meninas, era o Jacob do  Crepúsculo.
Os anões diante daquela situação ficam bolados e começam a bolar um plano para desencantar sua amada, e procuram logo o Burro do Shreck para pedir conselhos. O Burro, que adora uma fofoca, uma confusão, dá a ideia deles acusarem a Branca de Neve de pedofilia, porque assim o Jacob não ia querer mais nada  com ela, e assim eles fazem. Chamaram o Jacob para conversar, e contaram uma mentirada do cão, disseram que eles não eram anões e sim crianças, contaram uma história de louco. O Jacob como é bonito, e todo bonito é idiota, caiu naquela conversa toda, chegou para a Branca de Neve e disse que não podia ficar esquentando  mais sua pele branca. Foram horas de muitas lágrimas derramadas, e ela, desenganada, come uma maçã que estava sobre a mesa e fica desacordada até um lindo príncipe beijá-la, e então fica tudo certo...e tudo termina com aquele famoso “felizes para sempre”.

  

BELA ADORMECIDA
Janaína Thalia – E-1102

Um reino soberano estava prestes a receber várias pessoas para uma festividade. Nascera a pequena Aurora, a princesa do reino.  Seus pais fizeram todos os preparativos e toda a organização. Convidaram várias pessoas e quatro fadas para conceder dotes para a menina. A festa foi bastante divulgada em todas as redes sociais. O povo do Facebook fazendo bastantes comentários sobre o assunto. A festa iria bombar.
Bem, só que um imprevisto ocorreu. A quarta fada não leu o convite e estava desinformada sobre o assunto. Decidiu ir à festa sem convite e amaldiçoar a  menina.
Chegando a festa, muita música rolando, o povo dançando, surge a notícia de que os sete anões iriam à festa também. Então a rainha e o rei ficam muito felizes.
De repente, apagam-se as luzes. Iria começar o show mais esperado em homenagem a menina. Xuxa, a rainha dos baixinhos, e a galera foi ao delírio com “ilariê...”
Bem, com toda empolgação, a quarta fada invade a festa e proclama maldição. Imediatamente, surge o Gato de Botas em defesa da princesa; pega sua espada e seu burro  e sai ameaçando a fada má, mas o pior já acontecera, o feitiço já tinha sido feito. Aos 15 anos, a menina iria espetar o dedo numa agulha de fiar.
Passaram-se 15 anos. O rei havia mandado acabar com todas as agulhas, mas a menina espeta seu dedo, e assim adormece juntamente com todos do reino.
O príncipe de um outro reino ao lado fica sabendo da história, já que não paravam de comentar no Facebook e de fazer menções no Twitter sobre o assunto. Então pega seu GPS e parte rumo ao reino adormecido.
Chegando lá, todos estão adormecidos. O príncipe então vai até um quarto onde está a princesa. Aí surge a ideia de pegar uma câmera fotográfica e tirar fotos dela, caso o beijo não funcionasse, mas logo após as fotos ele a beija e assim todos despertam.
O final todos já imaginam: eles se casam e são felizes para sempre.




EU NASCI ASSIM
Kimberly – E-1102

Lembro-me como se fosse ontem quando minha mãe descobriu que estava grávida de mim. Ela já estava com cinco meses, mas por ainda não apresentar quase barriga e ocorrer um sangramento mensal que ela confundia com menstruação, só descobriu nessa época. Senti a felicidade que ela sentiu, e os carinhos que ela fazia na própria barriga... não sei se sentia suas mãos ou se já eram estímulos vindos do cérebro. O que sei é que desde lá já sentia o quanto era desejada, embora não planejada. Lembro como mamãe ficou emocionada ao saber que era uma menina, a primeira menina, segundo filho.
Eu me desenvolvia a cada dia, me alimentava e respirava pelo cordão umbilical, pensando eu que aquela sensação maravilhosa duraria para sempre, que por toda a minha vida eu ficaria ali ouvindo o palpitar hipnótico do coração da minha mãe.
Até aquela noite...
Dia 20 de julho, dia do amigo, uma hora da manhã. Eu repousava tranquila juntamente com minha mãe quando senti algo estranho. Foi um estalido mínimo, e como se estivessem me roubando a água que fora minha por tanto tempo.
Lá de dentro ouvia a correria, minha mãe respirando rápido, e minha água indo embora. Demorou um certo tempo, mas logo minha mãe estava deitada novamente e eu pensei  que tudo ia voltar ao normal. Vai ver era como um aquário:  a água precisava ser trocada. Deitada, comecei a ouvir como se estivessem cortando algo, e logo uma luz forte veio nos meus olhos tão acostumados com a escuridão dentro da minha mãe. A água começou a escoar mais rápido e eu não sabia o que fazer. Algo me tocou. Era um toque plástico, nada parecido com o da minha mãe. Aquelas mãos encapadas  começaram a me puxar, separando-me da minha mãe, mas ainda havia meu umbigo que me ligava a ela. Eles não conseguiriam completar aquela maldade absurda...
Mas o cordão foi cortado...
Entrei em desespero. O que eles pretendiam? Eu tão indefesa, tão pequena, e ninguém se mexia para me defender. Eu via somente vultos, mas sentia onde estava minha mãe.
Quando pensei que tudo já tinha acabado, o desgraçado ainda fez questão de dar uma tapa na minha bunda. “Epa, mas que merda é essa?” Mas ao invés de falar, a única coisa que saiu dos meus lábios foi um choro alto e forte.

Ele me pôs então em algo de toque aveludado que me envolveu, e uma mulher me levou até perto da minha mãe, que encostou seus lábios em minha cabeça. A mulher então me pôs no peito de minha mãe, que passou as mãos nas minhas costas. Seu toque suave me fez parar de chorar. Ao reconhecê-la também pelo cheiro, me tranquilizei, e o compasso de seu coração me fez voltar a ficar bem, pois senti que depois de todo aquele sofrimento, minha mãe estava comigo novamente, e sempre estaria.


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